A Google Store, inaugurada nesta quinta-feira (17) no prédio da companhia em Nova York, é fato novo para a gigante das buscas: trata-se da primeira vez em 22 anos que o Google investe em uma loja física, nos moldes do que a Apple tem feito com sucesso nas últimas décadas. Antes disso, a empresa já havia montado experiências de consumo no formato pop-up, mas nada próximo de sua nova Store.
Quem visita o endereço tem para explorar um espaço de 464 metros quadrados que ocupa o quarteirão todo. E ‘explorar’ é a palavra-chave: embora a Google Store sirva de vitrine e assistência técnica para os dispositivos da marca, incluindo os smart speakers Nest, os smartphones Pixel (não disponíveis no Brasil) e o ‘console de videogame por streaming’ Stadia, ela é montada para ser também uma experiência interativa. Nas palavras da própria empresa: “Cada parte da loja convida à interação direta como nossos produtos e serviços”.
O chamariz inicial é uma instalação de 5 metros de altura, localizada próxima da entrada e que imerge o visitante em uma experiência inspirada nos serviços da marca. Nos três primeiros meses da loja, essa seção, chamada Imagination Space, será dedicada ao Google Translate: você escreve uma frase e ela é traduzida simulataneamente em 24 idiomas. O resultado aparece em um conjunto de telões LEDs e é sussurado no ouvido do visitante. A ideia é que esse espaço mude com o tempo: ao fim dessa exposição, outra instalação será colocada em seu lugar.
Outro elemento que mais parece saído de um museus são os displays para os 35 produtos conectados ao assistente de voz do Nest, montado para que o comprador tenha uma noção rápida das ofertas de casa inteligente do Google, mas que quase passa a impressão de uma exibição de história natural.
As janelas que se estendem do chão ao teto oferecem luz natural ao espaço, mas também são decorados com ‘discovery boxes’, uma alternativa à vitrine que usa animação 3D para contar a história dos produtos Google.
Por falar de luz natural, todo o espaço deixa de lado o ar hi-tech de lado em prol ambientes aconchegantes, decorados em tons terrossos e peças sustentáveis – paineis de nogueira e móveis feitos de madeira e cortiça vem de distribuidores locais e fabricação consciente, diz a empresa.
Como muito do Google gira em torno de internet das coisas e smart houses, ter seus devices presentes em ambientes que imitam salas de estar não é má ideia. Além disso, a loja busca comunicar como a própria Google enxerga seus produtos. “Nossa filosofia é que a tecnologia deve encaixar em nossas vidas, e não se destacar”, diz ao site Fast Company Ivy Ross, vice-presidente de design de dispositivos, interface de usuário e pesquisa, mas que também assina como diretor criativo da Google Store.
Mesmo o espaço dedicado ao Stadia, com estações onde visitantes podem jogar games disponíveis no catálogo de streaming do Google, é decorado com uma certa parcimônia. Esse espaço faz parte de uma seção chamada ‘sandbox’, localizada mais ao fundo da loja e formada por espaços dedicados aos produtos, incluindo os Nest e Pixels.
A loja é resultado de um trabalho de quatro anos, no qual Ivy Ross colaborou com a arquiteta indiana Suchi Reddy. Ambos já haviam trabalhado em uma instalação para a Feira de Design em Milão em 2019, no qual se aprorpiaram de dados coletados pela Universidade John Hopkins para criar espaços que exploravam a relação entre estética e emoções. Essa experiência teria ajudado a definir qual seria a pegada da Google Store.
Na prática, a loja não é um empreendimento tão novo e ousado por parte do Google: é um espaço inédito, claro, mas instalado em um edifício que já serve há cerca de 20 anos anos como campus da marca, na cidade – mais de 11 mil funcionários do Google trabalham lá.
A inauguração ocorre no momento em que Nova York está encarando um processo de reabertura, com o declínio de novos casos de Covid-19 e o avanço da imunização – mais da metade dos novaiorquinos já receberam ao menos uma dose da vacina. No entanto, os Estados Unidos seguem com fronteiras fechadas para turistas de outros países – não há previsão de quando brasileiros em busca de lazer terão sinal verde do país.
Por: Globo.com
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