A R2U, startup de soluções de realidade aumentada para o varejo, está desenvolvendo sua plataforma de metaverso para o setor nacional. A ideia é lançar coleções e promoções no conceito do phygital, isto é, misturando a sensação do físico com as vantagens do digital. Segundo a empresa, o conceito final será mostrado em janeiro.
Para os consumidores, uma das possibilidades estudadas é que a compra de produtos físicos distribua também NFTs (tokens não-fungíveis, versões únicas de um produto digital) dos mesmos bens adquiridos para serem usados no metaverso.
De acordo com Caio Jahara, cofundador e CEO da R2U, essa função impulsionará as vendas e estimulará o foco na criação de conteúdos para o metaverso. “As pessoas já tomam decisões com base na forma como querem ser representadas e, uma vez que essa representação se torne digital, não haverá limites para o que a humanidade possa alcançar. Com o metaverso, 100% do nosso ‘verdadeiro eu’ será visto e o impacto nos negócios será imenso”, diz.
Outras ideias do projeto consistem em uma mintadora (“mintar” é a terminologia associada ao processo de criar ou gerar um NFT), com o qual qualquer artista poderá transformar suas obras em um token digital; e um marketplace de NFTs, com produtos digitais por categoria.
“Em nosso metaverso os consumidores também poderão adquirir terras, criar seus avatares, construir suas casas, mobiliá-las, colecionar peças de arte e o que mais a imaginação permitir”, complementa Jahara.
O que é metaverso?
Bastante famosa em jogos como Second Life, Fortnite, Minecraft, Roblox e filmes de ficção científica como Matrix e Jogador Nº 1, a palavra metaverso apareceu pela primeira vez no livro Snow Crash, escrito por Neal Stephenson, em 1992. Desde então, o conceito avançou bastante e se incorporou à realidade tecnológica.
O Facebook, que criou este ano a Meta para ser a empresa controladora da rede social, aposta alto na criação de um metaverso para comunicação em espaços virtuais compartilhados. A gigante das redes sociais anunciou que planeja contratar 10 mil pessoas nos próximos cinco anos para a criação de um mundo virtual exclusivo.
“O metaverso é um mundo 3D virtual compartilhado, ou mundos que são interativos, imersivos e colaborativos. Assim como o universo físico é uma coleção de mundos conectados no espaço, o metaverso também pode ser considerado um aglomerado de mundos”, diz o gerente de marketing da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina Marcelo Pontieri. “Em breve, o conceito se tornará uma plataforma que não está vinculada a nenhuma aplicação ou lugar único, digital ou real. É como se criássemos outra realidade e outro mundo que pode ser tão rico quanto o mundo real”.
Fonte: Canaltech
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